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Durante a reunião do Programa Mensal de Operação de março, realizada nesta quinta-feira, 22 de fevereiro, a situação no período úmido voltou a ser lembrada. Apesar das condições de armazenamento do Sistema Interligado Nacional estarem favoráveis – com 66% até o dia 19 de fevereiro, é o nono maior da série para o mês – a Energia Natural Afluente do mês está em 67% da média de longo termo, a oitava menor da série. Na última reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, o ONS já havia sinalizado para o monitoramento nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste. Janeiro já havia sido a 11ª menor ENA da série.
O operador prometeu despacho térmico ou mecanismo de resposta de demanda para o atendimento da ponta em caso de cargas altas ou redução da produção eólica. De acordo com o ONS, até o momento em fevereiro, a ENA na bacia do rio Xingu é a 12ª menor, com 64% da MLT, enquanto a bacia do rio Tocantins tem a 25ª menor, com 73% da MLT e a 20ª menor para a bacia do rio São Francisco, com 58% da MLT.
Há um déficit acumulado nas bacias do rio Tocantins de 24%. No rio Paranaíba, também é de 24%, enquanto no São Francisco, apesar de leve melhora, ainda persiste déficit de 10%. No rio Grande, as chuvas desfavoráveis deste ano deixaram uma lacuna de 9%.
A política de operação energética de março para a região Norte envolve a alocação de geração disponível e a monitoração das afluências. No Sudeste / Centro-Oeste, geração dimensionada para controle de nível e atendimento a carga pesada e a folga de potência nas UHEs dos rios Grande, Paranaíba e Ilha Solteira. Na região nordeste, a geração será dimensionada considerando o atendimento a ponta de carga e as restrições da Agência Nacional de Águas. Já no Sul, a operação vai envolver a geração para controle de nível e o atendimento às cargas média e pesada.